sábado, 26 de junho de 2021

Poema - A Minha Deusa

 

 A Minha Deusa

 

Não foste o meu primeiro amor,

Mas és sem dúvida o derradeiro

Pois não encontrarei jamais

Outra mulher com tamanho valor,

Que seja um amor verdadeiro

Que nos faz assim tão sentimentais.

 

Não precisarei de outra mulher

Porque nenhuma conseguirá

Trazer essa tamanha felicidade,

Em nenhuma encontrarei sequer

O prazer que o teu amor me dá,

Esse amor assim de verdade.

 

Em nenhuma conseguirei achar

Um amor que seja tão profundo

E que me faça tão feliz.

Por isso, não preciso procurar

Outro Amor que seja no mundo

Porque tenho a Deusa que sempre quis..

 

MARIANO MENDONÇA LOPES

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Poema - Já morri muitas vezes

 

Já morri muitas vezes,

Quando as frustrações

Atearam angústias e receios

Pelas bermas da vida

Onde pousou o meu destino.

 

Já morri muitas vezes

Quando a dor de existir

Incendiou secretas aspirações

De uma vida emergindo

Do anônimo abandono.

 

Já morri demasiadas vezes

Que o carpir da alma

É já um eco retumbante

Nas bermas da vida

Por onde os meus sonhos ficaram.

 

MARIANO MENDONÇA LOPES


Poema - O rio que passa na minha vida

 

O rio que passa na minha vida

É o fluxo enérgico de viver,

Arrastando com ele os sonhos

Que vão em intenso turbilhão

Apaziguar as dores de viver,

Mas sempre em sofreguidão

Para viver tudo intensamente.

 

É como um riso de alma despida

Que rasga a solidão das coisas

Num momento qualquer de solidão.

O rio que passa na minha vida

Inventou margens de vazio

E é um curso de emoções

Que vai dando vida à alma despida.

 

O rio que passa na minha vida

Arrasta sonhos por onde passa,

Destruindo margens mansas

Para se avolumar na imensa foz

De um imaginário fantástico

Onde a vontade soçobra na dor

E a vida é um estuário deserto.

 

O rio que atravessa a minha vida

Traz vontades e desejos,

Emoções e sensações brutas

Que se apagam na escuridão

Que o sonho em turbilhão ousou.

Querendo vencer a alma despida

Para viver em sofreguidão.

 

O rio que atravessa a minha vida

Alcançou o oceano infinito

Onde as almas se reúnem

No amanhecer de uma vida despida

Em estuários incertos e vazios

Em cujas margens crescem ocultos

Os sonhos vão de tanto viver.

 

MARIANO MENDONÇA LOPES