O
rio que passa na minha vida
É
o fluxo enérgico de viver,
Arrastando
com ele os sonhos
Que
vão em intenso turbilhão
Apaziguar
as dores de viver,
Mas
sempre em sofreguidão
Para
viver tudo intensamente.
É
como um riso de alma despida
Que
rasga a solidão das coisas
Num
momento qualquer de solidão.
O
rio que passa na minha vida
Inventou
margens de vazio
E
é um curso de emoções
Que
vai dando vida à alma despida.
O
rio que passa na minha vida
Arrasta
sonhos por onde passa,
Destruindo
margens mansas
Para
se avolumar na imensa foz
De
um imaginário fantástico
Onde
a vontade soçobra na dor
E
a vida é um estuário deserto.
O
rio que atravessa a minha vida
Traz
vontades e desejos,
Emoções
e sensações brutas
Que
se apagam na escuridão
Que
o sonho em turbilhão ousou.
Querendo
vencer a alma despida
Para
viver em sofreguidão.
O
rio que atravessa a minha vida
Alcançou
o oceano infinito
Onde
as almas se reúnem
No
amanhecer de uma vida despida
Em
estuários incertos e vazios
Em
cujas margens crescem ocultos
Os
sonhos vão de tanto viver.
MARIANO
MENDONÇA LOPES
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