domingo, 15 de outubro de 2023

DIA 15.10.2023 - Dia do Professor

15.10.2023 - Dia do Professor


DEDICATÓRIAS E AGRADECIMENTOS

Gostaria em primeiro lugar de agradecer a todos os professores da minha vida, a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram com a sua sabedoria e a sua paciência para a minha formação, que acreditaram sempre no meu potencial e que eu poderia ser algo mais do que eu próprio conseguia enxergar. Sem esse conhecimento, sem esse esclarecimento, eu nunca teria chegado aonde cheguei nem teria sido o que tenho conseguido ser.


Gostaria de agradecer aos meus pais, os meus primeiros formadores e que me trouxeram a este mundo, propiciando as condições e as faculdades para que eu pudesse crescer e conhecer. E à minha esposa, Karina, pelo apoio dado para que este primeiro livro saísse do papel.


 [Dedicatória do meu livro Impressões do Mar - 2014]

MARIANO MENDONÇA LOPES

sábado, 14 de outubro de 2023

Poema - Penumbras

 Penumbras


Deixo no meu olhar

Uma vaga impressão de existir.

Sinto que estou prestes a viajar,

Mas sem nunca deveras partir.

 

Sinto nessa imensidão do olhar

Uma singela e angustiada miopia

De quem jamais ousou sonhar

Que tudo ficaria melhor, um dia.

 

E, por haver assim rejeitado

Tal quimérica utopia,

Deixei de ter desejado

 

Que, um dia, a minha alma partia

Para um local nunca antes sonhado

E que, no meu olhar, apenas se sentia.

 

MARIANO MENDONÇA LOPES

domingo, 8 de outubro de 2023

Poema - Rumo à Fortaleza

 Rumo à Fortaleza

 

Quisera eu morrer neste dia,

Para renascer um dia depois.

Para a vida ser uma passagem...

 

Sabes, o tempo morreu...

As aves debandaram,

O céu escureceu.

 

O cheiro da roça e da senzala,

O vento levou.

O ambiente do mar, a cor da impala,

Tudo se apagou.

 

Quisera eu dormir

Neste dia ruim

Só para poder fluir,

Só para conseguir um fim.

 

Tudo isso é dor, me dá dó,

As lembranças de ser criança,

Quando brincava com a minha avó,

Quando ainda tinha esperança.

 

Quando tudo era felicidade,

Existir em tenra idade.

Tudo era vida, liberdade,

Tudo era brincadeira ao fim da tarde.

 

Quisera eu dormir neste dia,

Para não ter que acordar,

Mais tarde.

 

E as impressões que trago na vida

Falam de cor, falam de beleza,

Falam de uma alegria bem vivida,

Do Porto, da Ilha e da Fortaleza.

 

Tudo isso passou e não tem idade.

Tudo isso é dor para mim.

Em tempos, conheci a liberdade,

Mas hoje tudo chegou ao fim.

 

De lá para cá, só a dor,

Só a ausência, só a tormenta

Têm ocupado o lugar do amor,

Do riso que não mais se experimenta.

 

Hoje, trago na alma fragmentos

Do que fui em tenra idade;

Lembro de todos esses momentos

Em que viver era felicidade.

 

Hoje, sou resquícios do que fui;

Hoje, sou apenas pálida imagem.

Mas tudo na vida flui.

Tudo na vida é uma passagem...

 

[26.08.1974]

MARIANO MENDONÇA LOPES

 

Poema - Andorinhas

  

Andorinhas

 

Da janela do meu destino

Eu vejo andorinhas

Que não me trazem o Verão.

 

Vejo como vêm vindo,

Parecem perdidas, sozinhas,

Enfrentando juntas a solidão.

 

Da porta do meu passado,

Emergem sombras ocultas

Pelas memórias esquecidas.

 

No alpendre da vida, tudo acabado,

Saudades há e são muitas,

Dispersas ao longo da vida.

 

No telhado onde me encontro

Observo as estrelas, extasiado,

Como se quisesse chegar até elas.

 

Mas o destino com que me confronto

É um caminho sem rumo apagado

Onde se fecharam as janelas.

 

Mas alguma coisa acontece

Quando eu busco esse caminho

Nessa casa abandonada;

 

O destino em mim resplandece,

Não me sinto mais sozinho

E até enxergo melhor a estrada.

 

As andorinhas partiram em debandada.

Portas e janelas se fecharam

Em busca da minha liberdade.

 

O que fica da minha vida é o nada

De tantas vidas que se passaram

E o meu destino é a saudade.

 

As andorinhas vão em busca da vida,

Enquanto eu espero a morte

Neste alpendre abandonado;

 

O destino já me deixou de guarida

Aguardando a derradeira sorte

Que o destino traz em seu chamado.

 

MARIANO MENDONÇA LOPES

As Faces de Maya - Sinopse

 


AS FACES DE MAYA

Gênero: Romance

Tema: Romance/Esotérico/História/Religião/Filosofia

 

SINOPSE

As Faces de Maya é uma obra de ficção, baseada em fatos históricos e geográficos majoritariamente reais, cujos capítulos se estruturam de acordo com a Árvore da Vida cabalística, abordando temas relacionados com a História, a Filosofia e a Religião. A narrativa desenrola-se em torno de duas personagens principais, uma no passado e outra no presente, vivenciando experiências místicas e gnósticas, entre outros, em sete locais conhecidos como chacras planetários. Bryan é um bem-sucedido profissional do mercado editorial em Nova Iorque que recebe uma ligação proveniente de um parente seu em Portugal, dando-lhe a conhecer que seu tio Ernesto havia deixado de herança ao seu pai Constantino uma loja de antiguidades. Bryan viaja então a Lisboa para formalizar a cessão da herança; enquanto isso, recebe a notícia um projeto literário que o levará a viajar por alguns países para uma pesquisa editorial a pedido de um cliente. Ao mergulhar nos livros e materiais deixados pelo seu tio Ernesto, percebe um imenso conteúdo histórico de manuscritos antigos com textos relacionados à Gnose e a diversas religiões e se decide a conhecer alguns dos locais narrados pelo seu tio, um engenheiro civil que viajou a trabalho por várias regiões do planeta, tendo colhido impressões e experiências em diversos campos do conhecimento. Essas viagens constituem para Bryan, como o foram para o seu tio Ernesto, uma digressão no plano espiritual que o levará a um autoconhecimento profundo de si e à percepção de que tudo se interliga no passado e no presente em permanente evolução espiritual.


MARIANO MENDONÇA LOPES

sábado, 7 de outubro de 2023

Poema - O amor é ardente e desigual

 

O amor é ardente e desigual,

Viceja como dúvida flamejante

Que soçobra a cada instante

Para renascer em sopro sensual.

 

E, por se amar assim presente,

Não se tem hora ou destino,

Amar é como se fosse sopro divino,

Deseja-se como vontade da mente.

 

Incendeia vidas por onde passa,

Almeja fados impensados.

O amor é a chama sem fumaça

 

Que brilha no firmamento,

Que nos deixa sempre renovados

Por existir em qualquer momento.

 

MARIANO MENDONÇA LOPES


domingo, 1 de outubro de 2023

Poema - Deusa

  Deusa

 

Deixo-me fluir pelas tuas curvas,

Pela tua boca sedutora,

Pelo teu olhar infiel.

Perco-me em mil e uma loucuras,

Dessa Deusa devoradora,

Desse teu cheiro de mel.

 

O teu nome é Karina

Mas bem poderia ser Vênus

Ou outra Deusa do Amor.

Em teu corpo, tudo me fascina,

Teus lábios são puros devaneios,

A tua presença me traz o fulgor.

 

Teu me cativas por todos os meios,

Eu sou um mero cativo teu,

Rendido a essa paixão arrebatadora

Quando contemplo os teus seios,

Um amor que na vida só cresceu,

Um vício por ti que me devora.


Tu és em mim uma intensa paixão de existir,

A Deusa que me fez ressurgir....


MARIANO MENDONÇA LOPES

 

domingo, 24 de setembro de 2023

Poema - Margens dum Mar Menor

 MARGENS DUM MAR MENOR

 

O meu imenso oceano

É um rio com margens estreitas

Como as pulsações dum mesmo povo.

 

O meu oceano é um rio lusitano

Em cujas margens se fala português,

Feito de águas passadas, corrente de futuro.

 

O meu oceano é um mar de História,

Navega-se impressões oceânicas de dor,

Mergulha-se maresias de compreensão,

 

Parece que é tudo ondas de sabedoria,

Riachos de acontecimentos já muito vividos

Em profundezas abissais de mútuas desconfianças.

 

O meu oceano é um mar interior,

Inteiramente fechado pela alegria do povo

Que nele circula com o saber e a devoção

 

De transportar História, riquezas, vida,

Transportando contudo a incompreensão

De quem não soube pesar as caravelas,

 

De quem não soube contar os escravos

Ou as largas pepitas de ouro

Ou as madeiras exóticas da floresta

 

Ou ainda a cultura e os monumentos,

Os homens, as mulheres e as crianças

Que são a água e são a vida deste rio.

 

O meu oceano é um rio imenso de vida,

Soberano nas decisões, no presente e no futuro.

Mas continua a ser o mesmo rio

 

Em cujas margens se inventou uma nova era,

Em cujas águas se navegou o destino,

Em cujo sal se chorou o mundo.


MARIANO MENDONÇA LOPES

[Do meu livro, Peregrinações]

Poema - O meu sorriso é ver-te (para Karina)


O meu sorriso é ver-teE, de tanto te sorrir,
Aprendi a viver e a sonhar
Com as estrelas que moram
No teu coração.

O meu desejo é existires em mim
Para poder sonhar acordado
Sonhos que moram no infinito
E que vivencio, ao acordar.

De todas as manhãs do Universo,
As que passo contigo
São sempre eternas.

Felicidade é viver no paraíso
Que invento quando te vejo;

Tu és o delírio que nasce de mim.

MARIANO MENDONÇA LOPES
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Impressões do Mar - Excerto

 Impressões do Mar

Um pequeno rochedo na praia da Rocha, Algarve, submerso a pouco mais de um metro de profundidade, congestionado de vida multicolorida em que se percebiam algas de diferentes cores, ouriços do mar e outras micro-formas de vida igualmente extasiantes, foi a minha porta de entrada para o mundo submarino.

 

Ainda hoje, volvidos tantos anos e tantas evoluções, experiências inolvidáveis e outras realidades igualmente metafísicas e surrealistas, não esqueço jamais a intensa emoção de mergulhar a cabeça e descobrir, sob a superfície, linha divisora dos mundos, aquele mesmo rochedo que eu via fora de água sem tanta intensidade, mas que ali, mergulhado no elemento uterino, propiciava outra visão, enxergava um outro universo. E nunca mais a minha vida seria a mesma...

 

Pela vida fora, as imensas e abissais impressões na minha vida acabavam sempre por ter no mar a sua origem ou destino, numa perpétua narrativa cosmogônica ou escatológica de uma vida que, afinal, começara em frente ao mar.

 

Nasci e vivi sempre à beira-mar, como um destino que biblicamente se cumpre. Mas foi em África que tudo começou e quiçá acabou, antes mesmo de florescer completamente. Luanda viu-me nascer e germinar esse gosto salgado pelo mar, pela água quente, pela vida marinha que, paradoxalmente, eu só viria a conhecer muito mais tarde, em águas lusas. Mas também foi em Luanda que uma existência morreu, vítima dos atropelos da guerra, perseguido por dilemas e pesadelos, por imagens que persistem em viver coladas à minha realidade, aos meus anseios e aos meus projetos. A imagem da criança que sobe as escadas para o avião “Luis de Camões” e olha de relance o aeroporto à sua esquerda, nos idos de 26 de Agosto de 1974, permanece indelevelmente intacta até hoje, como vívidas permanecem as memórias de voltar a um mundo que jamais voltaria a ser meu, se alguma vez em insucessivas vezes logrou ser meu. Eu vestia um conjunto de jeans com muitas estrelinhas douradas e parecia que cada estrela daquelas seria um ano da minha diáspora até finalmente me reencontrar. Viria a reencontrar essa criança, muitos anos depois, do outro lado do mundo; quis o destino ironicamente que viesse a residir num outro local localizado sobre o mesma latitude.

 

Em Luanda eu nasci, num dia perdido como tantos outros do ano de 1967. Quando eu nasci, não houve cometas anunciando a minha chegada, nem Reis Magos trazendo presentes; não houve enxurrada de cartas para me desejar felicidade, nem um batalhão de jornalistas a cobrir o evento. Não havia mensagens postadas na Internet nem mensagens de boas-vindas pelo celular. Quando eu nasci, parecia mais um dia qualquer porque na realidade era um dia qualquer. Sem pompa nem circunstância, sem fogos de artifício nem paradas de honra, apenas uma equipe médica e a minha mãe saudaram a minha vinda.

 

A Baía de Luanda é um lugar privilegiado para quem teve o privilégio de a conhecer, de viver as suas praias, os seus aromas tropicais, a cerveja gelada convidativa no dia quente ou o mar parado insinuando um mergulho. Para mim, foi como uma realidade distante que quando parecia que se ia tornar realidade, a guerra transformou na ilusão, na dor da despedida e no grilho da partida.

 

Lisboa acolheu-me como uma madrasta que se esforça em amar o enteado, mas ressalvando sempre as diferenças de quem não saiu do seu ventre. Foi Lisboa que me criou, que me formou, que me fez homem no sentido crítico da palavra. O meu universo cognitivo, emocional, lógico e intuitivo nela se formou, grau superior e avançado que em outros locais haveria de conhecer pós-graduações, mas teve em Lisboa a sua base, os seus alicerces. Mentalmente, sou lisboeta mas o que o coração chama mesmo de casa é Cascais, onde morava grande parte da minha família paterna e onde eu me deslocava tantas vezes quanto as ínfimas possibilidades o permitiam. Cascais é a minha casa espiritual, o lugar onde o meu coração descansa em paz, onde a minha veia poética brota selvática, gorgolejante e aromática. É um outro clima, o clima próprio dos poetas e dos artistas, é um outro ambiente, o ambiente dos pintores e dos sonhadores, das almas perdidas que se encontram no universo, de Holandeses Errantes achados entre os mastros dos iates, entre as pedras das calçadas e entre os quadros dos palácios, onde o meu presente convive com um passado que jurou já ter vivido, embora eu não acredite em reencarnações...

 

Mas foi no Promontório de Sagres onde, certa vez, hipnotizado por aquele azul intenso de magia e de infinito, imbuído do espírito empreendedor do Infante que, pela primeira vez, se arvorou o desejo de viajar, de fazer vida fora de Portugal. O Promontório é um atiçante e estimulante convite ao sonho, a novas aventuras e a infinitas partidas. Geminado com o Cabo Canaveral, na Flórida, ambos são plataformas de partida, ambos são rampas de aventuras rumo ao desconhecido. De Sagres, saíram os desejos do Infante de singrar pelo mar distante e desconhecido de outrora; de Canaveral, sairiam, quinhentos anos após o Infante, as naves para navegar pelo espaço, fora da Terra, em busca de outras civilizações.

 

Foi pelo mar que eu vim parar ao Recife, embora transportado num batel alado, mas hipnotizado com aquela visão impressionante da ilha de Itamaracá, da praia de Boa Viagem ou da orla de Pernambuco que seduziu um turista mas, acima de tudo, um cativo de ideias e perspectivas para a cidade e para a região. Ainda hoje, mergulhado em infindáveis e quiçá incomensuráveis problemas, é à beira-mar, durante os meus passeios e caminhadas pelo calçadão, que repouso a mente, que evoluo e crio algumas ideias, alinhavando o futuro com o cenário constante do mar que vem até mim para me sugerir novos caminhos. Não há para mim nada melhor do que sentir a brisa marinha, ouvindo o alegre marulhar a vencer o som intrépido dos carros e a morrer na areia os embalos salgados de além-mar, de outras gentes e de outras gestas, talvez a pensarem e a idealizarem sonhos e a construírem realidades, tendo por testemunha fiel dos seus pensamentos a vastidão oceânica do que foi outrora o mistério e a lenda e é hoje em dia o destino de muitos.

 

MARIANO MENDONÇA LOPES




AS FACES DE MAYA

Gênero: Romance

Tema: Romance/Esotérico/História/Religião/Filosofia

 

SINOPSE

As Faces de Maya é uma obra de ficção, baseada em fatos históricos e geográficos majoritariamente reais, cujos capítulos se estruturam de acordo com a Árvore da Vida cabalística, abordando temas relacionados com a História, a Filosofia e a Religião. A narrativa desenrola-se em torno de duas personagens principais, uma no passado e outra no presente, vivenciando experiências místicas e gnósticas, entre outros, em sete locais conhecidos como chacras planetários. Bryan é um bem-sucedido profissional do mercado editorial em Nova Iorque que recebe uma ligação proveniente de um parente seu em Portugal, dando-lhe a conhecer que seu tio Ernesto havia deixado de herança ao seu pai Constantino uma loja de antiguidades. Bryan viaja então a Lisboa para formalizar a cessão da herança; enquanto isso, recebe a notícia um projeto literário que o levará a viajar por alguns países para uma pesquisa editorial a pedido de um cliente. Ao mergulhar nos livros e materiais deixados pelo seu tio Ernesto, percebe um imenso conteúdo histórico de manuscritos antigos com textos relacionados à Gnose e a diversas religiões e se decide a conhecer alguns dos locais narrados pelo seu tio, um engenheiro civil que viajou a trabalho por várias regiões do planeta, tendo colhido impressões e experiências em diversos campos do conhecimento. Essas viagens constituem para Bryan, como o foram para o seu tio Ernesto, uma digressão no plano espiritual que o levará a um autoconhecimento profundo de si e à percepção de que tudo se interliga no passado e no presente em permanente evolução espiritual.

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Poema - Vejo-me envolto por hirtas sentinelas

 Vejo-me envolto por hirtas sentinelas

No fulgor de uma tempestade deserta,

Adentrando o meu sonho.

 

Parecem presas em dimensões paralelas,

Olhando para mim por uma janela aberta

Cogitando de quanto tempo disponho.

 

Parto então em busca de uma resposta

Que alivie o meu sofrimento,

Além do sonho que se inventa,

Que se exibe indomável e disposta,

Que se nutra, na fome e no alimento,

Que seja mais do que o que se experimenta.

 

Parto em busca do meu existir,

Esperando uma porta se abrir;

Parto, mas sem nunca partir.

 

No seio da tempestade deserta

Há uma resposta vazia e incerta,

Mas que no sonho aos poucos me desperta.

 

Agora, vou em busca de mim....

 

MARIANO MENDONÇA LOPES