A dor dessa solidão
É daquilo que trago na mão,
E que não tem preço;
Sentir que a via é expiação
Porque tudo não passa de ilusão,
E nenhuma alegria eu mereço.
O que eu vivi na vida
Foi uma sempiterna despedida,
Sempre um eterno recomeço.
Algo a que não dei a atenção devida,
Uma solitude denegrida
Em cujo seio eu adormeço.
A dor desta minha solidão
É perpetuada por esta desolação
Que parece ser o meu endereço.
Para onde quer que vá, a desilusão
De não achar nunca a solução
Para a companhia de que careço.
MARIANO MEDONÇA LOPES
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