Refulge o silêncio
Na tempestade das minhas ideias.
As palavras são inaudíveis,
Como que açoitadas pelo vento.
O afago, se o há,
Vem da aridez da vida,
Dos bancos vazios na praça,
Dos momentos esquecidos num asilo.
O refúgio da alma
Perdeu-se num desatino,
Num desassossego atroz,
Arrebatado pela solidão.
Pela dor de ver partir
Quem um dia foi porto seguro
E entardece agora para sempre.
Hoje, eu fico à janela
De uma casa sem paredes,
Abandonado...
MARIANO MENDONÇA LOPES
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