Multiverso
Mergulho em tuas águas
Para acalentar o meu espírito;
Vivo no sobressalto das ideias,
É em ti que busco a calmara
Dos pensamentos absurdos.
Há em mim o desejo absoluto
De me inventar do nada
Num Big-Bang hermenêutico.
No refúgio das tuas águas celestiais,
Alivio a minha tormenta;
A solidão é outra forma de companhia
Que se ausenta do mundo.
Mergulho em tuas águas
Para cumprir o meu destino
Que me foi dado em outras dimensões.
Há em mim o silêncio sideral
De um vácuo absoluto
Mergulhado no som atemporal.
E assim permaneço
Até despertar a consciência.
Sou o conjunto de planos dimensionais
Que mergulharam no meu ser.
Ergo-me da poeira cósmica
Para partir, rumo ao amanhã
Que já me antecedeu.
Reescrevo-me em cada linha do Universo.
Faço de mim a imaginação
Que há no porvir
Para me reinventar em qualquer momento
E viver a plenitude do meu tempo.
O meu Tempo tem muitos tempos;
Mergulho em tuas águas
Para criar o tempo que me resta
E partir, assim, para o próximo Tempo.
MARIANO MENDONÇA LOPES
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