Peregrinações
Hoje
eu fico aqui sentado
Vendo
o tempo que flutua
E
sofro, o coração apertado,
Por
encarar a verdade crua.
E
hoje eu me lembro de ti
Aturdido
nos pensamentos,
De
como eu sempre vivi
intensamente
os nossos momentos.
E
lembro, como não lembraria,
A
felicidade que eu construí
Contigo
a vida era só poesia
Que,
estupidamente, destruí.
Por
tudo aquilo que passamos
Eu
não poderia deixar-te partir
E
entre tudo o que sonhamos
Tu
foste o meu outro existir.
Estavas
sempre deslumbrante
nos
lugares aonde íamos,
eu
te admirava, extasiante,
pelo
amor que dividíamos.
Em
suaves contornos sensuais,
O
teu corpo era a pura expressão
De
desejos e vontades carnais
De
uma irresistível tentação.
Estavas
sempre tão bela e irradiante,
Os
olhares dos homens te iluminavam,
E
ficavas ainda mais vibrante
Porque
as mulheres te invejavam.
Hoje
eu fico aqui parado
Escutando
as lágrimas caírem
E
me vejo simplesmente acabado
À
espera dos dias partirem.
Lembrando
como encantavas
Em
todos os ambientes
E
de como um dia sonhavas
Viajar
para mundos diferentes.
De
como brilhavas e seduzias,
A
tua presença era pura sedução
Na
minha cabeça, mil fantasias,
Porque
só tu ousavas tanta emoção.
E
me lembro dos dias apaixonados
Que
teimavam em se repetir
E
de como vivíamos sempre agarrados
Sonhando
alegres um eterno porvir.
De
como nos completávamos,
Almas
gêmeas, jantar a dois,
Entre
mundos imensos sonhávamos
um
futuro eterno sem ‘depois’.
Selávamos
com beijos juras d’amor
Que
hoje são apenas recordações
desse
tempo de inesgotável vigor
De
vividas e eternas Peregrinações.
MARIANO
MENDONÇA LOPES
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