A Caverna
Eu
sou um lado de mim mesmo.
Todos
os outros lados
Nunca
existiram
Ou
morreram porque cheguei tarde
Ao
evento da vida.
Eu
sou o lado que pôde existir,
Como
a célula fecundadora
Que
porfiou a vida.
Sou
o lado que soube ser
Porque
aprendeu a amar
Nas
entrelinhas da vida.
Os
outros lados não leram
Que
a vida é sorte ou azar,
Esperança
sem destino.
Eu
soube ser um lado de mim,
O
lado oculto de mim,
Porque
ousei sair da caverna.
Todos
os outros lados hesitaram...
E
porque duvidaram,
Nunca
existiram.
Eu
sou o lado que acreditou
Que
havia luz fora da caverna.
Os
outros lados de mim duvidaram,
Zombaram
de mim...
Eu
sou o lado que acreditou em mim;
Todos
os outros lados de mim
Me
ignoraram.
Eu
sou um lado de mim mesmo
Que
nunca conheceu os outros,
Os
outros lados de mim mesmo.
Na
caverna onde vivi,
Havia
lados que nunca viveram:
Deixei
esses lados e fui embora.
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