Sigo por essa estrada abandonada
Que
um dia surgiu em mim.
Não
consigo ver mais nada,
Nem
sei mesmo se tem um fim.
Sigo
sem rumo nem direção,
Eu
mesmo é que sou o sentido.
Sigo
errático sem nenhuma proposição,
Apenas
o facto de ter existido.
A
minha alma é uma casa abandonada,
Nela
residem apenas imagens;
Mora
no meio de tudo, entre o nada,
É
uma residência sem personagens.
Tudo
na vida passa mas fica parado,
Quando
passo por essa rua vazia;
Sou
a vaga lembrança de um velho passado
Em
que essa rua era a estrada da alegria.
No
vazio abrem-se inúmeras portas
Como
se fossem portais dimensionais;
Mas
são apenas vielas tortas
Onde
se cruzam destinos desiguais.
MARIANO
MENDONÇA LOPES
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário!