Vejo-me envolto por hirtas sentinelas
No fulgor de uma tempestade deserta,
Adentrando o meu sonho.
Parecem presas em dimensões paralelas,
Olhando para mim por uma janela aberta
Cogitando de quanto tempo disponho.
Parto então em busca de uma resposta
Que alivie o meu sofrimento,
Além do sonho que se inventa,
Que se exibe indomável e disposta,
Que se nutra, na fome e no alimento,
Que seja mais do que o que se experimenta.
Parto em busca do meu existir,
Esperando uma porta se abrir;
Parto, mas sem nunca partir.
No seio da tempestade deserta
Há uma resposta vazia e incerta,
Mas que no sonho aos poucos me desperta.
Agora, vou em busca de mim....
MARIANO MENDONÇA LOPES
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